Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza

... sobre o território comum, olhar a realidade de forma integral e de modo científico

Marisa Mariete Teixeira Rodrigues

Integração das variáveis de natureza social na avaliação do risco de incêndio florestal na região de Trás-os-Montes e Alto Douro

Orientador:
  • Orlando Rodrigues

  • Dissertação disponível em: http://hdl.handle.net/10198/1230

    Resumo

    Em todo o Mundo o Risco de Incêndio Florestal é quantificado. Em Portugal existem dois modelos postos em prática, o FWI (Fire Weather Index), adoptado pelo Instituto de Meteorologia e o Modelo do Instituto Geográfico Português. O primeiro é obtido através de variáveis meteorológicas e é calculado a curto prazo. O segundo, com previsões a longo prazo, além das condições meteorológicas, considera também factores biofísicos, como a topografia, a vegetação e a densidade populacional. Nestes modelos de previsão não foi ainda integrado de forma efectiva a dimensão social, na qual resulta a percepção das pessoas acerca do risco de incêndio. A população actua directamente no risco de incêndio com as suas acções, tanto na ignição, como no combate aos fogos florestais. Este trabalho teve como objectivo avaliar essa dimensão e comparar com modelos de previsão de risco de incêndio. Os dados obtidos, ainda que preliminares, apontam para uma ordenação dos riscos de incêndio associados aos diferentes usos da terra diferente daquela que é utilizada nos modelos de avaliação de risco para os concelhos de Trás-os-Montes. No que respeita ao tipo de propriedade do solo, os dados apontam para as propriedades colectivas (baldios) com tendo maior risco de incêndio. Por fim, na forma como os diferentes agentes sociais se relacionam com o uso do território, os dados sugerem a inclusão de novas variáveis de estudo, tais como, o regime de caça e as zonas de pastoreio, na avaliação do risco. Todos estes factos, só por si, aconselham a que se aprofundem os estudos sociais dos riscos de incêndio. Modelos de previsão de incêndio.

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