Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza

... sobre o território comum, olhar a realidade de forma integral e de modo científico

Patrícia Alexandra Borges Guerra

Os efeitos do aumento das concentrações de dióxido de carbono e da turbulência na diatomácea, Chaetoceros sp.

Orientadores:
  • Eduardo Brito de Azevedo
  • Joana Barcelos Ramos

  • Dissertação disponível em: http://hdl.handle.net/10400.3/3403

    Resumo

    Na natureza existem fontes naturais emissoras de dióxido de carbono (CO²). Com a revolução industrial as emissões antropogénicas provocaram um desequilíbrio no ciclo do carbono da Terra, pois adicionam uma reserva que naturalmente não estaria disponível actualmente. Há medida que a concentração de CO² aumenta na atmosfera, entra em equilíbrio com a superfície dos oceanos por trocas entre a fase gasosa e a fase líquida, aumentando a concentração de CO² nas camadas superficiais dos oceanos. Como tal, aqui estudou-se o potencial efeito das concentrações do CO² numa espécie de fitoplâncton pertencente ao grupo das diatomáceas, o Chaetoceros sp.. Ao mesmo tempo foi aplicado um factor turbulência para verificar se esta espécie reagia de forma diferente, uma vez que o oceano não é estático e tem bastante movimentação devido a correntes, vento, ondulação, etc. Foram usadas 3 concentrações diferentes de CO², sendo elas 450, 925 e 1205 μatm, conseguidas com a alteração do sistema de carbono. Estas três concentrações têm como objectivo simular as concentrações de CO² existentes no oceano no presente, futuro e um futuro distante, respectivamente. Durante a fase de pré-culturas e culturas fez-se a adaptação da espécie às três concentrações de CO² e ao mesmo tempo à turbulência. Neste estudo verificou-se que quer o aumento da concentração do CO², quer a turbulência não tiveram influência no desenvolvimento da espécie o que se pode verificar nos dados obtidos no crescimento celular, cotas celulares e ratios. Os Chaetoceros sp, desenvolveram-se bem nos meios com e sem turbulência, assim como nos meios com maior concentração de CO² e cheguei à conclusão que são uma espécie bastante robusta e com grande capacidade de adaptação às diferentes condições a que foram expostos na experiência. Apesar de esta espécie ter tido uma boa reacção ao aumento das concentrações de CO² e de no geral não ser sensível, sabe-se que este aumento faz com que a espécie de diatomácea dominante mude e como tal não se sabe exactamente como irão reagir as restantes espécies de diatomáceas, o fitoplâncton e se poderá ter alguma influência na cadeia trófica.

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