Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza

... sobre o território comum, olhar a realidade de forma integral e de modo científico

Filipe Rafael Santos Ceia

Vulnerabilidade das Ilhas-Barreira e Dinâmica da Ria Formosa na óptica da Gestão

Orientador:
  • João Manuel Alveirinho Dias

  • Dissertação disponível em: http://hdl.handle.net/10400.1/671

    Resumo

    O sistema de ilhas-barreira da Ria Formosa oferece excelentes condições a diversas actividades, das quais se podem salientar as turístico-balneares. Desde os anos 60 que essas actividades vêm sendo exercidas com grande intensidade, com a construção de infra-estruturas e cargas superiores ao limite de capacidade em algumas ilhas, sendo mais notável na chamada «Praia de Faro», na Península do Ancão. Há, porém, que atender à instabilidade que caracteriza este sistema, o qual impõe fortes condicionamentos à sua ocupação, uma vez que esta tende a localizar-se em zonas muito vulneráveis e de grande risco. Como a maioria dos sistemas deste tipo, a Ria Formosa apresenta um carácter extremamente dinâmico, com elevadas taxas de evolução das ilhas e barras. A ocorrência de temporais e a elevação do nível médio do mar são dos principais factores que conduzem a uma alta susceptibilidade a galgamentos oceânicos, neste sistema. É nas ilhas-barreira que ocorrem os maiores problemas de gestão do sistema. Com vários grupos de interesse envolvidos torna-se necessário manter uma gestão eficiente no sistema de ilhas-barreira. A intervenção é, actualmente, urgente, correndo-se o risco do sistema se perder de forma irreversível. Tal intervenção terá, necessariamente, de ser ampla e cautelosa. Para tal, esta terá que ser suportada e apoiada por uma sólida base de investigação cientifica, não menosprezando aspectos de carácter social, económico e ambiental. Podem destacar-se três técnicas de intervenção a serem adoptadas: intervenção rígida, intervenção suave e demolição de infra-estruturas.

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