Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza

... sobre o território comum, olhar a realidade de forma integral e de modo científico

Manuel Soares da Costa

Análise da competitividade do café em Timor Leste em função da acessibilidade das plantações

Orientadores:
  • Tomaz Dentinho
  • Ana Cristina Pereira Rodrigues

  • Dissertação disponível em: http://hdl.handle.net/10400.3/3394

    Resumo

    O café foi "O ouro do Príncipe" em Timor Leste durante quase todo o século XIX, de longe a maior fonte de receitas do Estado em Timor e de rendimento para a população. Actualmente é ainda o principal produto de exportação do Timor Leste (80%) excluindo as receitas da exploração de petróleo. A variedade de café “Híbrido Timor”, que resulta do cruzamento entre a variedade robusta e variedade arábica de Timor Leste tem uma aceitação grande no mundo inteiro e é específico de Timor Leste. A produção orgânica de café de Timor Leste tem um bom preço no mercado internacional e portanto pode garantir bons rendimentos aos agricultores desde que existam cadeias de valor de transformação e distribuição sem grandes distorções de mercado. Além da venda do produto café, o cafezeiro também serve para proteger as encostas das montanhas da erosão enriquecendo ainda o solo. De facto o cafezeiro é uma leguminosa, geralmente plantada na sombra de árvores como as "falcatas", os abetos e as "ai kafe", o que também protege e enriquece o solo, protege a vegetação arbustiva constituído pelas plantas de café, e permite a existência de vegetação herbácea espontânea e a existência de manta morta, tudo isto servindo para reduzir a erosão do solo em zonas de declives acentuados e manter a sua produtividade. O potencial do café de Timor Leste pode ainda ser mais aproveitado não só através de um melhor maneio da cultura mas também por melhorias que sejam introduzidas ao longo da cadeia de valor. O objectivo da presente tese é saber das possibilidades de alargar a cultura de café a mais zonas de Timor Leste designadamente analisando a importância da acessibilidade das plantações ao porto exportador em Díli. Concluiu-se que as regiões sul montanhosas têm aptidões para café que não são usadas porque estão pouco acessíveis ao porto exportador.

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