Marta Luísa Soares Bettencourt
Depósito de Escórias (Bagacina) da Ilha de S. Jorge (Açores). Recurso Geológico, Ambiental e Económico. Estratégias para a sua Valorização
Orientadores:
João Carlos Carreiro NunesEduardo Dias
Resumo
A extrema fragilidade dos ecossistemas e a vulnerabilidade dos recursos geológicos e pedológicos da ilha de São Jorge leva à imperiosa necessidade de assegurar uma gestão racional e sustentável dos recursos naturais e de promover a defesa e a protecção da paisagem, entendida como um bem cultural, social e económico, de primordial importância para o desenvolvimento da Região Autónoma dos Açores, designadamente na vertente turística. É neste contexto que se enquadra a problemática da exploração de massas minerais (ou de inertes) na ilha de São Jorge, entendida como uma actividade económica cujo desempenho ambiental urge melhorar, designadamente pela minimização dos impactes ambientais na envolvente das áreas de exploração e a tomada de medidas de recuperação paisagística capazmente sustentadas.
Na ilha de São Jorge (com cerca de 10 000 habitantes, distribuídos pelos concelhos de Velas e de Calheta), a grande maioria das áreas de exploração de inertes corresponde a depósitos de escórias (materiais localmente designados de âbagacinaâ), dada a natureza basáltica do vulcanismo desta ilha. Para além destes materiais, os basaltos (designadamente para o fabrico de britas), os tufos hialoclastíticos e os âbarrosâ (produtos de alteração, quer de piroclastos, quer de escoadas lávicas) constituem recursos geológicos da ilha de São Jorge.
Centros de investigação que apoiam o mestrado