Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza

... sobre o território comum, olhar a realidade de forma integral e de modo científico
Ambiente

Biodiversidade

  • Paulo A.V. Borges
  • Regente
  • Paulo A.V. Borges

  • ID UC: 9004
    Ano: 1
    Semestre: 1º
    ECTS: 6 ECTS
    Horas de Trabalho: 168
    Horas de contato: 46 TP
    Datas online: 02-12-2024 a 10-01-2025
    Datas presencial: 31-12-1969 a 31-12-1969

    Descrição da disciplina

    Objetivos de aprendizagem

    1) Introduzir o conceito de biodiversidade e caracterizar a importância da diversidade biológica nas suas múltiplas facetas (genética, espécies, ecossistemas), mas com ênfase na riqueza em espécies e padrões de abundância e distribuição das espécies;

    2) Demonstrar que existem vários padrões em ecologia que nos ajudam a estabelecer modelos de quantificação da riqueza e raridade das espécies;

    3) Estabelecer a relação entre fragmentação dos habitats, dinâmica de populações, biogeografia insular e conservação;

    4) Dominar várias ferramentas de modelação ecológica.

    Conteúdos programáticos

    1) Biodiversidade, formas de a medir;

    2) Componentes principais da riqueza em espécies: local (alfa), diferenciação espacial ou temporal (beta), e regional (gama);

    3) Medidas multiplicativas vs. aditivas de diversidade beta;

    4) Estimadores não paramétricos de riqueza em espécies;

    5) Relação entre riqueza em espécies local e regional;

    6) Raridade;

    7) A relação interespecífica entre abundância e distribuição;

    8) Relação "espécies - área", a "Teoria da Biogeografia Insular" e aplicações na Biologia da Conservação

    Demonstração da coerência de conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem

    Pretende-se enquadrar os alunos nos mecanismos naturais que regulam a abundância e a distribuição dos organismos vivos, incluindo a diversidade taxonómica e molecular. A Macroecologia uma das fundações teóricas da Conservação da Natureza, sendo as aulas Teórico-Práticas direccionadas para a aplicação de modelos macroecológicos e moleculares na conservação das populações naturais.

    O desenvolvimento destes tópicos permitirá mostrar que os padrões mais comuns da biodiversidade, são consequência da combinação de processos determinísticos e do acaso, operando às escalas local e regional, sob a influência de factores abióticos, das interacções ecológicas e eventos históricos.

    Os conteúdos são abordados numa dinâmica baseada na consulta, interpretação e análise de textos que abordem as mais diversas temáticas metodologias na área da macroecologia.

    Metodologias de ensino

    A avaliação final consiste numa componente teórica que vale 60% e noutra teórico-prática que vale 40%. A avaliação teórica consiste em duas frequências que avaliam toda a matéria. Este exame consiste em 20 questões de escolha múltipla (V ou F). O aluno terá ainda de escolher cinco questões que julgue Falsas para justificar a razão pela qual as afirmações não estão correctas. O exame tem o limite de 25 minutos para ser realizado. A classificação faz-se da seguinte forma: a resposta errada é 0, a resposta certa é 1. Nas cinco questões para justificar, caso a justificação esteja errada, desconta -0.5. Ou seja, um aluno que responda correctamente a todas as questões mas que falhe todas as justificações terá uma nota de 20-2.5 = 17.5. Em adição o aluno tem de resolver cinco exercicios e discutir um assunto teórico. A avaliação prática consiste num Projecto individual sobre um tema da sua escolha mas trabalhado com o Docente.

    Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objetivos de aprendizagem

    Iremos dar prioridade a aulas interactivas em que o estudante terá de discutir os textos previamente agendados, de modo a permitir aos alunos receberem a informação fundamental e aplicarem os conhecimentos adquiridos em exemplos de conservação da biodiversidade.  é utilizada uma metodologia expositiva para a apresentação da matéria teórica mais complexa exemplificando com exercícios no âmbito de cada temática.  Os exercícios são os adequados ao desenvolvimento das competências em Biodiversidade, Macroecoologia e Ecologia Molecular. Tendo em conta que o sucesso na disciplina não é compatível com um estudo pontual, torna-se útil a implementação de processos que contrariem esta tendência. O recurso a leituras contínuas de textos obriga os alunos a acompanhar de perto o desenrolar da matéria.  Por outro lado, o envolvimento dos alunos em projectos coordenados pelo docente da unidade curricular vão permitir a ponte entre os aspectos teóricos e a prática da investigação científica no Grupo da Biodiversidade dos Açores. Na sua organização, o programa da disciplina de Biodiversidade reflecte a visão de biodiversidade recentemente proposta por Hubbell (2001) que considera que esta é sinónima de riqueza em espécies❠e da abundância relativa das espéciesâ no espaço e no tempo. Assim, a primeira parte da disciplina é dedicada à apresentação das múltiplas formas com que a "riqueza em espécies" pode ser caracterizada e medida, enquanto a segunda parte da disciplina se dedica ao estudo dos padrões de distribuição e abundância das espécies que definem a sua riqueza local e regional e a sua raridade no espaço e no tempo. A disciplina continua com a revisão da "Teoria da Biogeografia Insular" e a sua aplicação à biologia da conservação e finalmente o estudo da importância de dados moleculares para a conservação da biodiversidade

    Bibliografia

    Brown, J.H. (1995). Macroecology. The University of Chicago Press, Chicago and London.

    Freeland, J.R., Petersen, S.D. & Kirk, H. (2011). Molecular Ecology, end Ed. Wiley, Blackwell, London.

    Gaston K.J. (1996). Biodiversity -A Biology of Numbers and Difference. Blackwell Scientific Publications, London.

    Gaston K.J., Blackburn, T.M. & Lawton, J.H. (1997). Interspecific abundance-range size relationships: an appraisal of mechanisms. Journal of Animal Ecology, 66, 579-601.

    Gaston, K.J. & Spicer, J. (2004). Biodiversity - An Introduction. 2nd Edition. Blackwell Scientific Publications, London.

    Lawton, J.H. (2000). Community ecology in a changing world. International Ecology Institute, Oldendorf/Luhe, Germany.

    Rosenzweig, M.L. (1995). Species diversity in space and time. CambridgeUniversity Press, Cambridge.

    Whittaker, R.J., Willis, K.J. & Field, R. (2001). Scale and species richness: towards a general, hierarchical theory of species diversity. Journal of Biogeography, 28, 453-470.


    Conteúdos didáticos

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