Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza

... sobre o território comum, olhar a realidade de forma integral e de modo científico

Marco António Linhares Rosa

Monitorização da presença de fungos com interesse clínico em ambiente hospitalar: zonas de banho como potenciais focos de contaminação fúngica

Orientadores:
  • Nicolina Marques Dias
  • Adelaide Lobo

  • Dissertação disponível em: http://hdl.handle.net/10400.3/2074

    Resumo

    Não existe uma padronização na limpeza e desinfeção das zonas de banho, frequentadas por indivíduos muitas vezes debilitados do ponto de vista do seu sistema imunológico. Estes constituem grupos de risco para as infeções provocadas por fungos oportunistas que encontram as condições ideais para o seu desenvolvimento. O objetivo principal deste estudo foi o de avaliar a presença de fungos com interesse clínico em ambiente hospitalar. Foram desenvolvidos três objetivos específicos: caracterização das zonas de banho de cada um dos seis serviços amostrados; caracterização da distribuição fúngica em diversas superfícies e água dos chuveiros nas zonas de banho; Avaliação da efetividade das limpezas nas zonas de banho, realizando-se uma colheita antes e após a limpeza e desinfeção do local. Foram efetuadas duas amostragens por serviço. O fungo filamentoso prevalente em todas as amostras incubadas foi o fitopatogénico Fusarium spp., perfazendo 40% dos fungos isolados. Outros fungos filamentosos do género Penicillium spp. foram isolados em 26% das amostras e o género Phoma spp. em 25%. Estes três géneros correspondem a 91% do total de fungos isolados. Não se encontraram dermatófitos em nenhuma das amostras da superfície. Não se verificou a presença de fungos filamentosos na água amostrada. Recomenda-se uma padronização do protocolo de higienização das zonas de banho em todos os serviços. Ações de sensibilização para o pessoal hospitalar, o condicionamento ao acesso das zonas de banho após a higienização do local e uma monitorização sistemática da carga fúngica do ambiente hospitalar são outras medidas preventivas para minimizar o risco de contaminação e garantir uma melhor segurança de quem frequenta as instalações sanitárias nos hospitais.

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